Até o dia 30 de junho, as doações dos filiados da DS/Rio para o Projeto Cestas Básicas RJ irão beneficiar coletivos locais de favelas que arrecadam alimentos para moradores necessitados, bem como organizações que atuam para minimizar as condições precárias de vulneráveis – entre os quais, idosos sem recursos para subsistência ou apoio familiar, indígenas, refugiados de diversas procedências e pessoas em situação de rua.
A diretoria da DS/Rio reitera que a falta de alimentos é real, bem como o desemprego e a ausência de perspectivas. Por isso, decidiu manter a ação social na base enquanto houver impactos socioeconômicos negativos da pandemia do Covid-19.
População de rua – Dentre as consequências sociais da pandemia, o aumento exponencial do número de pessoas em situação de rua é uma realidade com abrangência nacional, que já mobiliza pesquisadores e representantes de movimentos sociais de todo o país.
O tema foi debatido no dia 7 de junho, pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, em audiência pública telepresencial realizada pelo YouTube (assista).
Na audiência, a especialista Tatiana Dias, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), informou que, entre fevereiro e março de 2020, quando a pandemia começou no Brasil, a população de rua estimada era de 221 mil pessoas.
Desde então, o cenário piorou, como registra o pesquisador do Núcleo de População em Situação de Rua da Fiocruz Brasília, Marcelo Pedra. Segundo ele, somente no Rio de Janeiro, pesquisa realizada pela Prefeitura apurou que 31% das pessoas nessas condições moram nas ruas da cidade há menos de um ano, sendo que 64% delas, devido à perda de trabalho, moradia ou renda.
Novo perfil – O representante do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, Vanilson Torres, que viveu nas ruas de Natal durante 27 anos, identifica um novo perfil da população de rua: são pessoas da classe trabalhadora, que não conseguem mais pagar seus alugueis e contas. Por isso, vão para as ruas em busca de alimento e lá permanecem, por não poderem mais se manter.
Os participantes da audiência pública destacaram que a falta de dados dos impactos da pandemia nessa população – como o número de infectados ou de óbitos – é outro empecilho para a elaboração de políticas públicas de saúde e de proteção social a essas pessoas.
Participação – Nesse contexto, a participação solidária dos colegas mantém ativa a ação social da DS/Rio. A cada novo mês, nossas cestas básicas ajudam aqueles que enfrentam sérias dificuldades materiais e não têm qualquer expectativa de retorno ao trabalho.
Conforme informado anteriormente, as doações das cestas básicas são sempre registradas com fotos e/ou vídeos do momento da entrega dos produtos nas comunidades ou instituições.
Solidariedade – Renovamos a solicitação de apoio dos colegas, doando os valores possíveis, através da seguinte conta bancária: Delegacia Sindical do Rio de Janeiro – Sindifisco Nacional – Banco do Brasil – Agência 183-X, conta corrente 130155-1, CNPJ 03.657.699/0006-60. As doações também podem ser via Pix. A chave é o CNPJ da DS/Rio.
Unidos e solidários, contribuímos sempre com quem mais precisa e menos possui!