Da aventura da escalada à proteção ambiental: André Ilha mostra um Brasil exuberante em conversa literária na DS/Rio

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A tarde cinzenta de 3 de julho não afastou do Centro do Rio dezenas de filiados que, sabiamente, decidiram participar da conversa literária com o Auditor-Fiscal André Ilha, no auditório da DS/Rio.

O encontro agradável e altamente informativo girou em torno do segundo livro do colega, “Rumo ao Desconhecido” – uma obra ricamente ilustrada com fotos selecionadas pelo autor sobre algumas de suas principais escaladas em montanhas do Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e Ceará.

O evento, prestigiado com enorme carinho pelos antigos colegas de trabalho de André, foi organizado pela diretoria de Assuntos de Aposentadoria e Pensões da DS/Rio.

Da mesa de abertura, a presidente da entidade, Auditora-Fiscal Catia Beserra, saudou os presentes e destacou a satisfação de estarem juntos num encontro tão especial. A diretora de Aposentadoria e Pensões, Auditora-Fiscal Denise Brito, afirmou estar “feliz” pela oportunidade, “porque algumas das melhores palestras [que já assistiu] são das pessoas falando sobre seu ponto de interesse”. E, de fato, André conseguiu adequar a vida de montanhista com a carreira de Auditor-Fiscal, tornar-se ativista do meio-ambiente e coroar essa trajetória de escaladas com dois livros.

Trajetória – André escala montanhas desde os 13 anos de idade. O gosto pela aventura e pela exploração de novos lugares o conduziu através de um Brasil repleto de montanhas que jamais haviam sido escaladas, anteriormente. Montanhas que, segundo ele, seriam objeto de atração de montanhistas em qualquer lugar do mundo, seja pela beleza natural, o grau de dificuldade ou mesmo o pioneirismo da exploração.

Nessa trajetória, contabiliza mais de 130 montanhas virgens escaladas, tendo nomeado dezenas delas, como é tradição no montanhismo.

A partir da década de 1980, a atividade o conduziu, também, à defesa do meio-ambiente, por “voltar a lugares lindos que haviam sido destruídos” pela ação humana. Nessa empreitada, fundou o Grupo Ação Ecológica (GAE), uma organização sem fins lucrativos do Rio de Janeiro que, atualmente, enfrenta o desafio de convencer a Justiça sobre o crime ambiental que será cometido contra o Pão de Açúcar, com a implantação de uma tirolesa na montanha.

André explicou que a formação rochosa do Pão de Açúcar não é maciça, mas em camadas sobrepostas. Por isso, além dos danos óbvios à estrutura da pedra, fauna e flora, há risco de acidentes com os frequentadores do brinquedo.

Valorização – Em “Rumo ao Desconhecido”, André registra dois aspectos que considera essenciais: a valorização do interior brasileiro e a valorização da aventura. Além da seleção de fotos belíssimas – que “falam” das montanhas bem melhor do que quaisquer palavras –, o livro começa com a descrição do processo da escalada, numa linguagem simples e acessível a todos, para não ficar restrito aos escaladores.

Para a capa, o autor escolheu uma foto da Pedra do Garrafão, localizada em Minas Gerais, cuja principal característica é ser “diferente de cada ângulo que se observa”.

O livro contém “boxes” que informam as peculiaridades de cada local, incluindo fauna e flora. Curiosamente, entre as bromélias recolhidas por André em diferentes localidades, já foram identificadas sete espécies novas, três das quais receberam seu nome.

Meticuloso, desde 1976, o colega anota cuidadosamente todas as etapas das suas escaladas em diários, que se tornaram não somente o registro oficial de cada “aventura”, como fontes de referência para seus livros.

Quem sabe, a próxima jornada, que terá início no dia 24 de julho, contenha também novos elementos para um terceiro livro?

Satisfação – A satisfação dos colegas presentes à conversa literária ficou evidente nos rostos e no interesse demonstrado nas perguntas curiosas.

Leve, divertida, informativa e inteligente, a palestra de André Ilha deu cor, textura e aconchego à tarde fria e cinzenta do Centro do Rio. E deixou, também, um gostinho tão grande de “quero mais” que todos os exemplares de “Rumo ao Desconhecido”, disponibilizados pelo autor, foram adquiridos pelos presentes e devidamente autografados.

A diretoria da DS/Rio agradece a André Ilha e a todos os filiados presentes pela agradável conversa literária.

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